segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Antigas Festas, Procissões e Romarias

Aqui se apresentam as Fontes da nossa Imprensa local (e não apenas a indicação heurística) para servir o investigador que venha, algum dia, a centrar o seu interesse no estudo das Festas (as religiosas, mas também algumas cívicas) que o Povo de Vila do Conde realiza, desde tempos antigos do crepúsculo da Monarquia Portuguesa (Anos 70 do século XIX) ao termo da época da Primeira República (princípios dos Anos 30 do século XX). Quem diz Festas Religiosas, diz Procissões e Romarias não raramente manifestações mais importantes da crença, da devoção, do sentimento e da alegria da nossa Gente.

Primeira parte
AS FESTAS
RELIGIOSAS
NA VILA

FESTAS DOS SANTOS POPULARES
O Correio do Ave, 30-VI-1912
O Vilacondense, 28-VI-1928
O Democratico, 23-VI-1932

FESTA DE NOSSA SENHORA DO CARMO
O Correio do Ave, 14-VIII-1874, 22-IV-1909, 20-VIII, 3-IX, 10-IX, 28-VIII-1910, 27-VIII-1911, 26-IX-1915
Commercio de Villa de Conde, 10-II-1907
Jornal de Villa de Conde, 15-VIII, 1888, 22-VIII
Illustração Villacondense, IX-1910
O Vilacondense, 20-VIII-1916, 27-VIII. 2-IX, 10-IX, 29-VIII-1917, 28-IV-1928, 2-VIII
O Villacondense, 25-X-1906, 15-IX-1907, 18-VII-1908, 8-VIII, 17-VIII, 28-VIII, 11-IX, 28-VIII-1909, 11-IX, 3-IX-1910
O Fluvial, 3-IX-1909
A Republica, 27-VIII-1911, 7-VII-1912, 3-VIII-1913, 24-VIII, 31-VIII, 7-IX, 21-IX, 30-VIII-1914, 13-IX, 11-VII-1915, 25-VII, 19-IX, 22-IX, 2-IX-1917, 9-IX, 16-IX, 31-VIII-1919, 7-IX-1920, 19-IX, 10-VIII-1924 a 21-IX, 4-IX-1926, 22-V, 1-IX-1928, 27-VI-1931
O Democratico, 9-IX-1923, 6-IX-1924, 21-IX, 24-VIII-1929, 7-IX, 20-VII-1935, 26-VII, 2-VIII, 9-VIII
A União, 4-IX-1926
Vila do Conde, IX-1928















Exceptuada a majestosa procissão de Cinza, nos anos em que ela aqui se realiza, nenhuma outra procissão nem outras festas de carácter religioso se fazem nesta vila, que sejam tão concorridas como têm sido nos últimos anos as festas realizadas a Nossa Senhora do Carmo...
É grande a devoção nesta vila por Nª Sª do Carmo que se venera na capela que pertenceu ao hospício, que os frades da Ordem do mesmo nome aqui tinham e que extinto em 1834, em cumprimento do decreto que aboliu as Ordens Monásticas, foi nele em 1837 instalado o tribunal judicial.
Ignoramos se em seguida à extinção do hospício o culto cessou por algum tempo na igreja ou capela que lhe pertencia, mas sabemos que há mais de  50 anos para cá, que o culto, se algum tempo esteve suspenso, ali se tornou a restabelecer, tendo-se feito no dia próprio anualmente com mais ou menos brilho, além doutras festas, a de Nª Srª do Carmo que, em alguns anos, como no último e no corrente, têm atingido um grau de brilhantismo que entre o das festas religiosas que se costumam fazer nesta vila, só pode ser comparado com o que em alguns anos têm sido feitas as festas a S. João Baptista, orago da freguesia e vila...
A concorrência do povo desta vila, das freguesias vizinhas e doutras localidades, tanto às iluminações do sábado à noite, como à vistosa procissão realizada no domingo, foi grande.
                                                                       O Commercio de Villa de Conde, 22-IX-1907

As Festas do Carmo são para a nossa terra o que as das Cinzas são para Barcelos, as da Assunção para a Póvoa, as da Agonia para Viana, etc, e por isso elas devem de estar à altura dos nossos brios, e do nosso valor.
                                                                        A Republica, 18-II-1923

FESTA DE NOSSA SENHORA DA GUIA
Jornal de Villa de Conde, 1-II-1888, 8-II
O Bem Publico, 9-II-1899
O Villacondense, 4-II-1900, 26-I-1908, 6-II-1909
O Correio do Ave, 19-VI-1910
O Democratico, 1-II-1914, 24-I-1915, 23-I-1916, 4-II-1917, 3-II-1918, 30-I-1921
A Republica, 13-VIII-1927
















De manhã, houve missa solene com Sacramento exposto. Ao Evangelho, subiu ao púlpito o reverendo António Dias da Costa Barbosa, abade de Refojos. O ilustre orador  prendeu a atenção dos auditores com a sua palavra fluente, fácil e convincente, expondo a largos traços a desvelada protecção que a Virgem concede aos pescadores, a esses intrépidos lutadores que a cada passo vêem em toda a realidade ameaçadora e sinistra, a profundidade do abismo, como que abrindo a sua enorme boca para os tragar. De tarde, afluiu ao pitoresco local, onde está situada a capela, uma enorme multidão de romeiros... Entretanto que os fiéis depunham no altar da Virgem a sua prece fervorosa e ardente, o mar contava-lhe o hino triunfal, pela boca alvíssima, espumante das suas vagas irrequietas.
                                                                   Jornal de Villa de Conde, 8-II-1888

Nos próximos dias 1 e 2  de Fevereiro, realiza-se nesta vila a brilhantes festa a Nossa Senhora da Guia, a protectora dos navegantes, que com todo o fervor e devoção é venerada na sua capela, edificada sobre a penedia, logo abaixo da foz do rio Ave, na costa do Atlântico. Eis resumidamente o programa:
Dia 1 Ao romper d'alva e ao meio dia, girândola de foguetes anunciarão a festa. Ao meio dia, dará entrada a Banda Marcial desta vila. Às 3 horas, realiza-se a procissão, a qual percorre o itinerário do costume. À noite, a banda de música, na forma dos mais anos, cumprimentará os mesários e mais devotos.
Dia 2 Às 10 da manhã, celebrar-se-á missa cantada na capela, havendo sermão no Evangelho. De tarde, terá então lugar o grande arraial tocando a mencionada banda num elegante coreto, as melhores peças do seu tão apreciado reportório, em frente à capela.
                                                                      O Villacondense, 26-I-1908

FESTA DE S. JOÃO BAPTISTA
O Correio do Ave, 28-VI-1872, 22-VI-1880, 22-VI-1883, 24-VI-1909
O Globo, 2-VII-1883
Jornal de Villa de Conde, 13-VI-1888, 20-VI, 27-VI
O Ave, 18-V-1892
O Villacondense, 21-VI-1878, 27-VI, 20-VI-1908, 18-VI-1909, 25-VI-1910
O Democratico, 22-VI-1913, 29-VI, 28-VI-1914, 13-VI-1915, 20-VI, 27-VI,  23-VI-1918, 30-VI, 27-VI-1920, 9-VI-1921, 2-VII-1922, 8-VII-1923, 9-VII-1924, 29-VI-1929
A Republica, 1-VII-1917, 23-VI-1918, 22-V-1926
O Vilacondense, 20-VI-1928 
Vila do Conde, VII-1929
















Vem de séculos a devoção do nosso povo pelo Santo Precursor. Dos nossos dias conservam na memória  gratas recordações do que foram as festas na véspera e dia deste Santo, nesta vila, no tempo de João Lopes Baptista...
Nesse tempo, pouco depois do Natal, as rendilheiras começavam a confundir os sons monótonos dos bilros com as alegres trovas ao S. João, entoadas nessa música toda local, à qual para ser um hino apenas lhe falta um ritornello. Mais tarde, os sinos da torre da igreja tocavam alegremente chamando os devotos e devotas às novenas do Santo, o que há cerca de 15 anos está mal entendidamente abolido.
No dia do Santo, depois de recolhida a procissão, a música acompanhada pelo rancho de raparigas, seguia para um pequeno montado, que faz parte da cerca de fora, que pertencia às freiras, e daí viam as freiras, educandas e criadas trazerem em procissão a imagem do Santo para a sua capela, na cerca de dentro. Depois, o rancho que estava com a música no referido montado, alternava com as freiras e a música as suas cantigas ao Santo, o que durava até ao fim da tarde. Os que não queriam ir mais longe, até à cerca, ficavam sentados nas guardas da rampa da ponte caída e daí desfrutavam o torneio de cantigas entre o rancho e o pessoal do convento. Na debandada, agitavam-se os lenços de parte a parte, e todos retiravam, como se tivesse caído o pano no último acto duma festa da infância, toda entretecida de afectos sinceros e de esperanças fagueiras.
                                                               O Villacondense, 18-VI-1909

As festas de S. João... A alegria que as encheu, a mocidade que nelas vibrou, o entusiasmo que acordou da modorra dos seus soalheiros dominados a gente trôpega da nossa terra, e trouxe sorrisos a lábios de austera sisudez, e pôs lágrimas de comoção nos olhos evocadores dos velhos, haviam de fazer que elas fossem magníficas e deixassem essa impressão geral  e sentido agrado que nenhuma discordância atenuou.
Rixas de raparigas, contendas de rapazes, duelos gentis de brios e caprichos vários, tudo isso que p'ra aí houve a propósito dos Ranchos, só serviu a criar e a afervorar o entusiasmo que depois lhes garantiu o êxito esplêndido. Porque tendo cada um dos grupos o desejo de ser o melhor, ambos colaboraram afinal no mesmo sucesso e ambos partilharam de glória de o terem alcançado. Que via a Praça, que viva o Monte, que vivam as raparigas e os rapazes que nos deram dias da nossa velha alegria ressurgida e como que recomeçada!
                                                                A Republica, 27-VI-1920


PROCISSÃO DO CORPO DE DEUS
O Villacondense, 21-VI-1878, 27-VI, 14-V-1910
O Correio do Ave, 18-V-1883, 29-V-1910
Jornal de Villa de Conde, 11-VI-1887, 30-V-1888, 2-VI
O Democratico, 6-VI-1915














Ontem, teve lugar na igreja matriz desta vila a festividade do Corpus Christi com a sua costumada pompa e esplendor.
Pela manhã, houve missa cantada, acompanhada a grande instrumental, exposição do SS. Sacramento e, pelas seis horas da tarde, saiu a aparatosa procissão, que ia acompanhada por dois anjinhos, e avultado número de eclesiásticos.
Atrás do pálio, ia encorporada a a ex.ma Vereação deste concelho, bem como diferentes empregados de repartições públicas.
                                                                  O Villacondense, 21-VI-1878

Saiu, na quinta-feira, pelas 6 horas da tarde, da igreja matriz desta vila a procissão do Corpus Christi.
Abria o préstito a imagem de S. Jorge, seguida do seu estado maior. Seguiam-se várias confrarias, em número de dezanove, 3 das quais das freguesias rurais.
Após estas, ia o pálio. Seguia-se o corpo judicial representado pelos ex.mos srs. drs. juiz de direito, delegado do procurador régio, contador e escrivães e oficiais de diligências; administrador substituto, governador do castelo.
A Câmara era representada pelos srs. Luís Carvalho, Barão Vasco, Luís de Sousa, José Balão e Marcelino Gomes. Seguia-se depois a acreditada filarmónica do snr. Moura.
O dia estava esplêndido, e houve grande concorrência de povo de todo o concelho. As janelas estavam adornadas com colgaduras de damasco, e com formosíssimas senhoras, ostentando magníficas e vistosas toiletes de verão.
                                                                    Jornal de Villa de Conde, 11-VI-1887


PROCISSÃO DO SENHOR DOS NAVEGANTES
O Bem Publico, 3-X-1895
O Correio do Ave, 2-X-1910, 7-XI-1915
O Villacondense, 11-X-1907, 2-X-1908, 1-X-1910
O Democratico, 5-X-1913, 4-X-1914, 6-X-1918, 22-II-1920
O Vilacondense, 1-X-1916




















No aprazível e excelente lugar das Cachinas, festejar-se-á, domingo próximo, com todo o luzimento e brilhantismo católico, a imagem do Senhor dos Navegantes. Na véspera, percorrerão o lugar da Poça da Barca e ruas desta vila, duas bandas de música, anunciando assim a grande festa da classe piscatória daquele sítio, sempre disposta a colher dos seus produtos o necessário para solenizar com a maior imponência possível, o seu excelente e divino Protector, o Senhor dos Navegantes.
De manhã, ao raiar d'aurora, serão lançadaa ao ar dúzias de foguetes, dum dos mais acreditados e hábeis pirotécnicos destes arredores, havendo depois, às 9 horas, missa cantada a grande instrumental e sermão pelo nosso simpático amigo e talentoso orador sagrado, o rev. dr. Acácio Ferreira Barbosa; de tarde, grande arraial...
Consta-nos que a classe piscatória das Cachinas, para dar ao arraial um tom mais festivo e alegre, embandeirará todos os barcos ali existentes, e escolherá dentre os seus colegas, os melhores cantores para descantes populares.
                                                                    O Bem Publico, 3-X-1895

Hoje e amanhã, realiza-se, à beira-mar, no lugar das Cachinas, desta vila, uma atraente e sumptuosa festividade ao Senhor dos Navegantes, cuja imagem é ali muito venerada, em capela privativa, pela classe piscatória daquele lugar, e do lugar da Poça da Barca, que lhe fica limítrofe.
À noite, haverá música no mesmo arraial, estando o coreto, a frontaria da capela e as ruas adjacentes vistosamente iluminadas. No domingo, às 10 horas, há missa solene a grande instrumental e sermão por um distinto orador sagrado.
Desta vila, Póvoa de Varzim e aldeias circunvizinhas, concorre ali muitíssima gente. A par de um esplêndido passatempo, é um lindíssimo passeio.
                                                                     O Villacondense, 1-X-1910

FESTA DE NOSSO SENHOR DA AGONIA
O Villacondense, 21-VI-1878, 25-V-1907, 12-VI-1908
O Correio do Ave,  25-V-1883, 22-V-1910-29-V-, 18-VI,1911
Jornal de Villa de Conde, 25-V-1888, 30-V
O Ave, 9-V-1892
O Democratico, 24-V-1914, 3-VI-1917, 10-VI
O Vilacondense, 28-VI-1928

FESTA DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO
Jornal de Villa de Conde, 6-VI-1888
O Democratico, 30-VI-1918

FESTA DO CORAÇÃO DE JESUS
O Villacondense, 27-VI-1878
O Correio do Ave, 24-V-1889
O Democratico, 8-VII-1917, 31-X-1920

FESTA DO SENHOR DO BONFIM
Jornal de Villa de Conde, 21-IV-1888
O Villacondense,11-II-1900, 20-X-1907

FESTA DA MADRE DE DEUS
O Corrreio do Ave, 23-IV-1889

PROCISSÃO DO SENHOR DOS PASSOS
O Correio do Ave, 20-II-1880, 4-III-1909, 10-III, 15-III-1914
Jornal de Villa de Conde, 25-II-1888, 29-II
O Villacondense, 8-IV-1900, 21-III-1908, 5-III-1909, 12-III, 9-IV
O Democratico, 13-II-1910, 19-II, 26-II, 1-III-1914, 28-II-1915, 7-III, 23-I-1916, 22-III-1925
O Vilacondense, 2-III-1928

FESTA DO ESPÍRITO SANTO
O Correio do Ave, 7-VI-1889
O Ave, 9-VI-1892
O Villacondense, 1-VI-1907
O Vilacondense, 1-VI-1928, 8-VI

FESTA DA SENHORA DA BOA MORTE
Jornal de Villa de Conde, 29-VIII-1888
O Correio do Ave, 30-VIII-1889, 3-IX-1909, 31-VIII-1915
O Villacondense, 2-VIII-1907, 10-VIII, 8-VIII-1908, 28-VIII, 21-VIII-1909, 28-VIII, 20-VIII-1910
O Democratico, 16-VIII-1914, 4-VIII-1918, 10-VIII-1919, 17-VIII-1920, 29-VIII   
O Vilacondense, 10-VIII-1928

FESTA DE NOSSA SENHORA DOS PESCADORES
O Democratico, 15-IX-1918, 6-X, 28-X-1923

FESTA DO SANTÍSSIMO CORAÇÃO DE MARIA
Jornal de Villa de Conde, 13-VI-1888
O Ave, 9-VI-1892

FESTA DE NOSSA SENHORA DOS ANJOS
Jornal de Villa de Conde, 5-IX-1888, 12-IX

FESTA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM
O Villacondense, 27-VII-1907, 2-VIII, 10-VIII, 20-VIII-1908, 20-VIII
O Correio do Ave, 17-VI-1909, 13-VIII

FESTA DE NOSSA SENHORA DO SOCORRO
Jornal de Villa de Conde, 17-XI-1888
O Bem Publico, 20-XI-1896
O Democratico, 23-XI-1913, 28-XI-1915

FESTA DE NOSSA SENHORA DAS ANGÚSTIAS
O Correio do Ave, 30-X-1881
O Ave, 19-V-1892

FESTA DA VIRGEM DAS DORES
Jornal de Villa de Conde, 19-IX-1888, 22-XII
O Democratico, 21-IX-1919

FESTA DE NOSSA SENHORA DA PIEDADE
Jornal de Villa de Conde, 9-V-1888
O Correio do Ave, 7-V-1889

FESTA DA SENHORA DA LAPA
O Ave, 15-IX-1892
O Villacondense, 15-IX-1907
O Democratico, 29-IX-1925, 17-VIII-1928

FESTA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO
Jornal de Villa de Conde, 10-XII-1887, 12-XII-1888
O Bem Publico, 12-XII-1898
O Villacondense, 11-XII-1909
O Democratico, 7-XII-1913, 8-XII-1918, 21-XII-1919
O Vilacondense, 26-XI-1916

FESTA DE NOSSA SENHORA DO DESTERRO
Jornal de Villa de Conde, 28-IV-1888
O Correio do Ave, 10-V-1889, 18-IX-1910
O Ave, 19-V-1892
O Villacondense, 17-IX-1910, 24-IX
O Democratico, 1-I-1914

FESTA DE NOSSA SENHORA DA SAÚDE
Jornal de Villa de Conde, 13-VIII-1887, 8-VIII-1888
O Democratico, 29-VIII-1920

FESTA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
O Villacondense, 6-II-1909, 31-X-1910
O Democratico,19-IV-1914, 5-XII-1920

FESTA DE S. JOSÉ
O Partidario, 26-X-1899
O Villacondense, 27-VII-1907, 9-IX
O Democratico, 15-II-1914, 1-III, 22-III, 24-V, 7-II-1915, 10-II-1918, 13-II-1921

FESTA DE S. TIAGO
Jornal de Villa de Conde, 25-VII-1888
O Villacondense, 8-VI-1907
Correio do Ave, 26-VII-1914
O Democratico, 19-VII-1914, 26-VII

FESTA DE S. MARÇAL
O Democratico, 6-VII-1913

FESTA DE S. SEBASTIÃO
O Villacondense, 29-I-1905, 20-I-1908
O Vilacondense, 18-II-1917
O Democratico, 1-VI-1919

FESTA DE S. BENTO
O Ave, 15-IX-1892
O Correio do Ave, 25-III-1909
O Democratico, 21-VII-1918

FESTA DE SANTA CATARINA
Correio do Ave, 28-XI-1882, 29-IV-1909, 30-IV-1911, 23-I-1916, 30-I
Jornal de Villa de Conde, 24-XI-1888, 28-XI
O Villacondense, 29-I-1905, 30-IV-1909
O Democratico, 16-I-1916, 19-V-1918, 23-III-1929

FESTA DE S. PEDRO
O Villacondense, 27-VI-1878, 5-VII-1907, 2-VII-1910
O Globo, 2-VII-1883
Jornal de Villa de Conde, 29-VI-1887, 2-VII, 27-VI-1888, 30-VI
O Vilacondense, 6-VII-1928, 28-VI
O Democratico, 6-VII-1913, 28-VI-1914, 8-VII-1917, 16-VI-1918, 22-VI-1919, 18-VI-1922, 9-VII-1924

FESTA DE SANTO ANTÓNIO
O Vilacondense, 21-VI-1878
O Ave, 9-VI-1892
A Razão, 12-VI-1901
O Democratico, 14-VI-1914, 8-VII-1923

FESTA DE S. BRÁS
Jornal de Villa de Conde, 8-II-1888
O Bem Publico, 9-II-1899
O Partidario, 3-II-1905, 10-II
O Villacondense, 14-II-1908, 6-II-1909, 13-II
O Democratico, 1-II-1914, 3-II-1918
Correio do Ave, 5-III-1916

SOLENIDADES DA SEMANA SANTA
O Correio do Ave, 30-IV-1886, 15-IV-1909, 16-IV-1911
Jornal de Villa de Conde, 4-IV-1888

JUBILEU DAS QUARENTA HORAS
O Bem Publico, 9-II-1899
Correio do Ave, 25-II-1909

PROCISSÃO DE CINZA
Correio do Ave, 11-II-1876, 3-III, 17-II-1880, 15-I-1910-20-II
O Villacondense, 4-II-1900, 19-II-1910
O Democratico, 14-III-1915
O Vilacondense, 14-II-1917, 5-IV-1928
















A procissão de Cinza que saiu na quarta-feira da igreja da Ordem 3ª de S. Francisco desta vila, percorreu, na forma do costume, as ruas das Donas, de S. João, Barroso, Praça Velha, da Costa, da Igreja, de S. Bento, do Carmo, dos Prazeres, Casa da Alfândega e das Lavandeiras, Campo da Feira, rua de Santo Amaro, e finalmente de S. Francisco. Saiu às 2 horas da tarde e recolheu às 5.
Ia imponente e majestosa, sendo concorridíssima de irmãos da Ordem com os seus hábitos, pois que são os que unicamente conduzem os seus onze andores, uns que demandam seis, outros oito, outros dez, doze e quatorze, e as alas nos intervalos. Os anjinhos e as figuras de Adão e Eva, da dama que levava a árvore do Paraíso, bem como a que levava a taça da cinza, iam todas rica e primorosamente vestidas, como já é proverbial nesta vila o gosto de vestir estas figuras. Depois do estandarte com a  inscrição Penitência e a cruz da  irmandade a que se seguiam em alas os irmãos pupilos e noviços da Ordem, entre as quais apareciam as figuras acima, separados por alas de irmãos e por anjinhos com as insígnias respetivas do Santo, iam os andores seguintes:
Nossa Senhora da Conceição, levando 5 religiosos franciscanos, encorporados de tamanho natural, um dos quais de joelhos diante da Senhora, representando estas figuras a Ordem franciscana que foi, não só a primeira, mas até a que mais se empenhou em defender a Imaculada Conceição; S. Francisco a dar a regra da Ordem a dois, chamados, vulgo, os bem casados; Santa Margarida de Cortona; Santa Isabel, rainha da Hungria; Santa Isabel, rainha de Portugal; S. Roque; Santo Ivo; S. Carlos Borromeu; S. Luís, rei de França; S. Francisco a receber as chagas; e o dos Cardeais ou S. Francisco morto.
Seguia-se mesa e o Santo Lenho debaixo do pálio, a cujas varas iam os irmãos ex-ministros, terminando pela banda da música e uma força de Infantaria 10. No fim, houve sermão pregado pelo rev. sr.padre João dos Reis Cerqueira.
Foi imenso o povo que veio ver a procissão, e apesar da grande afluência pelo caminho de ferro, ainda se viam cerca de 40 trens, vindos do Porto. Entre esta vila e a Póvoa, andou o trem contínuo do caminho de ferro, além dos americanos  e char-a-bancs.
                                                                   O Correio do Ave, 3-III-1876

A concorrência foi, como prevíamos, extraordinária, estendendo-se em filas compactas por todas as ruas do trajecto. Os comboios estabelecidos, longos e acogulados, não bastaram, e novos comboios foi preciso organizar, principalmente para o regresso. Além dos comboios, automóveis e carros trouxeram, de toda a parte, uma multidão transbordante que encheu esta vila pacata duma animação alegre. Pelas margens do Ave, no Cais e na Avenida Júlio Graça, estabeleceu-se um verdadeiro arraial, porque muita gente por estes lugares acampou, a consumir repousadamente os farnéis. Hotéis e casas de pasto gastaram todas as as suas provisões, fazendo um excelente negócio. E apesar de toda esta concorrência, não se registou um conflito, uma desordem, um furto.
A procissão saiu à hora fixada, com os seus treze andores, o seu figurado e longo acompanhamento de irmãos, recolhendo pouco depois das cinco horas à igreja da Ordem. Para manter a ordem e dar caça à gatunagem esteve aí uma força de polícia, sendo todo o serviço dirigido pelo sr. administrador do concelho.
                                                                    A Republica, 14-III-1915

FESTA DE S. FRANCISCO
O Correio do Ave, 9-X-1874, 11-X-1889
Jornal de Villa de Conde, 5-X-1887, 10-X-1888

FESTA DE SANTA CLARA
O Correio do Ave, 18-VIII-1874

FESTA DO RAIO
O Correio do Ave, 30-XI-1883
Jornal de Villa de Conde, 7-XII-1887, 5-XII-1888
O Partidario, 29-XI-1902

FESTA DA HORA
O Ave, 27-V-1892

ROMARIA DE SANTO AMARO
Jornal de Villa de Conde, 11-I-1888
O Villacondense, 29-I-1905, 15-I-1910
O Correio do Ave, 15-I-1910, 23-I
O Democratico, 25-I-1914, 24-I-1915, 18-I-1919, 21-I-1922
O Vilacondense, 14-I-1917
A Republica, 19-I-1919















Durante o dia, uma multidão enorme de romeiros enchia o apertado local em que está situada a capela, e na rua de D. Luís I, desde pela manhã até à noite, uma longa linha de fiéis caminhava alegre e jubilosa em direção ao arraial, onde a multidão ouvia silenciosamente as melhores peças do reportório do sr. Silvestre Cunha, cuja filarmónica tocava no local.
E enquanto isso sucedia cá em baixo, na nossa pacata e formosa terra, lá em cima, alto. muito alto, no firmamento de um azul puríssimo, diáfano, o belo sol, quente. brilhante, espargia a sua luz sobre a humanidade, sobre a pobre humanidade que nesse tempo, na actual estação, poucas vezes tem o doce prazer de receber os seus raios luminosos.
                                                                    Jornal de Villa de Conde, 18-I-1888

Foi muito memorável em Vila do Conde esta romaria de Santo Amaro. E foi porque simultaneamente se realizava um mercado anual de grande renome e importância, acorrendo a um e outra não só os povos deste concelho, como ainda dos concelhos limítrofes e de mui afastadas terras do país. Com as dificílimas e incómodas vias  de comunicação existentes até o meado do século passado, uma romaria que tinha sempre lugar na época do mais intenso inverno, e nos dias mais curtos, sem dúvida que havia de ser acompanhada de larga fama, e não podia limitar-se a um só dia. A romaria atraía os povos para a feira, e esta consubstanciava a romaria. Todas estas circunstâncias determinavam que, durante três dias consecutivos, houvesse a romaria e feira de Santo Amaro de Vila de Conde.
                                                                      A Republica, 19-I-1919

Sem comentários:

Enviar um comentário