terça-feira, 30 de novembro de 2010

Património Cultural em Imagem (XVII)



Magníficos azulejos no alto da fachada do edifício de bela imponência que, na Primeira República, foi Casino e, nos Anos 50, acolheu o Grande Colégio de S. José, até que, no final dos Anos 80, passou a ser o Centro Municipal de Juventude. Não são azulejos tão antigos como os da igreja da Misericórdia ou da capela do Socorro, mas são lindíssimos documentos decorativos da Arte Nova. Têm a qualidade de padrões estéticos do princípio do século XX, que vêm inserir-se no contexto local de Cultura e Tradição. Na horizontalidade do friso, esvoaçam gaivotas que sustentam finos cabos de pesca de elegante desenho, adornados com festões garridos de flores temas inspirados que ilustram e identificam a terra, o mar e o céu de Vila do Conde.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Património Cultural em Imagem (XVI)



O que sabemos da Arquitectura monumental do Gótico tardio, decorado pelo Estilo Manuelino, está em contraponto ao que ignoramos de Arquitectura de habitação. Mas já é bom poder contemplar as nossas Casas Manuelinas para que os olhos vejam e admirem a harmonia das portas e janelas, a geometria do chanfro dos umbrais, a sugestão estética do flamejante ou do rendilhado dos lintéis, a beleza da frontaria em sua gramática de uma decoração singela e fascinante. São jóias de pedra incrustadas no tecido urbano da Vila do Conde quinhentista. Térreas ou sobradadas, moradias de burgueses (alguns deles, certamente cristãos-novos, gente de fortuna), documentam, na solidez da construção e na elegância da fachada, a prosperidade da época dos Descobrimentos.