Os vários suspensores (como este) que na Matriz seguram candeeiros poderão ser artesanato reminiscente de cultos pagãos da antiga Roma (como opinava Rocha Peixoto, em 1902). É estranho que Mons. J. Augusto Ferreira não tenho dito nada sobre o assunto. Seguramente, foram peças que agradaram à mentalidade portuguesa do final do século XIX, tão atreita ao gosto decorativo de motivos chineses. Remontam, no entanto, a tempos mais recuados estes ganchos com forma de dragões, certamente "emblemas e figuras típicas que revelam a sua antiguidade" (O Ave, 9-VI-1892). E nada obsta aceitar que tenham chegado a Vila do Conde, na época quinhentista de Gaspar Manuel, para neles se pendurarem "lâmpadas e lampadários" (Livros da Imposição da Igreja Matriz, I, Dezembro de 1603).
Sem comentários:
Enviar um comentário