Dá-se a volta à Matriz, olhando para cima onde corre a cachorrada, e a atenção do observador detém-se nas gárgulas de curiosa escultura. Serviam para escoar a chuva, mas havia nelas outras intenções, e não só religiosas. Como a de testemunhar que o povo de Vila do Conde era patriota e virava para Castela o fundo das costas e o resto. É o que se vislumbra, à ponta Nordeste, no que ainda resta da gárgula que uns puritanos fanáticos e ignorantes do século XIX (1878) mandaram truncar, por acharem ser "afronta à moral pública" aquela imagem ingénua da posição ancestral defecante.
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