HISTÓRIA TOPONÍMICA DE VILA DO CONDE
Notas que ajudam ao conhecimento histórico das ruas,
avenidas e praças da Cidade. No espaço – vamos de Norte para Sul pelo núcleo
urbano antigo. No tempo – vamos do nome que tem no Presente para o nome (ou
nomes) que tinha no Passado. A numeração
romana indica o século em que aparece (ou a que remonta) a denominação do
lugar.
CIMO DE VILA (XVI) - Na parte alta da povoação.
LAPA (XX) – Rua de S. Bartolomeu (XVI) que dava para o Campo da Forca.
GENERAL LEMOS (XX) – Rua da Alegria (XIX), Rua Tenente
Valadim (XIX), Rua de S. Sebastião (XVI), Rua do Mata Sete (XVI), Rua do
Barroso (XVI).
ANTÓNIO FERNANDES DA COSTA (XX) – Rua da Palha (XVI) depois
de Santa Luzia, pela Estrada Velha, a caminho dos Bem Guiados. Na sua
parte Sul, era a Rua de Santa Luzia (XVI) e o começo da Rua da Misericórdia
(XVI).
SANTA CATARINA (XVI) - Vai dar à capela da Padroeira da Navegação.
ANTERO DE QUENTAL (XX) – Praça Velha (XV) da antiga Câmara e Pelourinho com picota.
COSTEIRA – Rua da Costeira (XVII), Rua do Poço (XVI).
D.MENDO (XX) – Rua da Judiaria (XVI) que vinha de Santa Luzia,
dando para outras vielas e para a Rua do Tijolo (XVI).
ANTÓNIO SOUSA PEREIRA (XX) – Na sua parte Nascente, era a
Rua da Cordoaria (XVI) que vinha de Santa Catarina.
5 DE OUTUBRO (XX) – Rua da Estrada Nova ou Estrada Real (XIX)
que dava para Cimo de Vila e seguia para a Póvoa, Rua da Alegria (XIX), Rua de
D. Luiz (XIX), passando pela velha Fonte da Vila.
MÓS (XVII) – Subia do Largo de S. Sebastião
(XVII) a caminho de Argivai.
COSTA (XVII) – Rua do Garcês (XVII) na parte Norte, Rua de
S.Pedro (XVII) na parte Sul, a caminho de Santa Luzia,
Rua da Cadeia (XVI).
SANTO AMARO (XVI) – A configuração contemporânea data do século XIX, prolongando-se até ao rio. Pouco antes da viragem de século, e por algumas décadas, tomou o nome de Rua de S.Francisco dos Milagres, ao descer da Rua das Donas (XVI) até à Calçada de S.Francisco (XVI) e, para Sul, deu lugar à Avenida Campos Henriques (XX), antiga Rua das Hortas (XVIII). Anteriormente ao século XIX, o topónimo indicava apenas sua parte Norte, e descia para
a Fonte das Donas (XVI). Na parte Sul, era a Rua do Monte (XVIII), a Rua do Bispo (XVII), a Rua de Santa Clara (XVI).
JOSÉ RÉGIO (XX) – Rua de Campos Henriques (XX), Rua da Ponte
(XIX) na parte Norte, Rua das Hortas (XVIII) na parte Sul, até ao rio.
DONAS (XVI) - Desce do Mosteiro, com o nome das fidalgas que a ele se acolhiam.
CUNHA ARAÚJO (XX) – Rua Bento de Freitas (XX), na parte
Nascente, Rua dos Banhos (XIX).
MISERICÓRDIA (XVI) – Assim chamada na parte Norte,
onde está a Casa da Irmandade, era a Rua dos Mourilheiros (XVI), na parte Sul, onde se fazia salmoura para conserva de carnes.
ANTÓNIO JOSÉ DE ALMEIDA (XX) – Largo do Hospital (XIX).
IGREJA (XVIII) – Rua da Lage (XVI) na parte
Norte, Rua da Cruz (XVI), na parte Sul.
ARTISTAS (XIX) – Largo 28 de Maio (XX), do Senhor da Cruz (XVII).
VASCO DA GAMA (XIX) – Largo do Senhor
da Agonia (XVII), Praça Nova (XVI).
NOSSA SENHORA DE FÁTIMA (XX) – Rua rasgada a Nascente da já desaparecida Rua
de Trás do Adro (XIX) e que vai para Norte até à
Rua D. Mendo, passando ao lado do Largo
da Roda (XIX).
25 DE ABRIL (XX) – Rua do Barão do Rio Ave (XX), Rua de
S. João (XIX).
JOÃO CANAVARRO (XX) – Rua Coronel Alberto Graça (XX), Rua
Eduardo Coelho (XX).
SENRA (XVI) – Descia da Misericórdia à Rua dos Penedos. Mudou o nome para Rua Elias de Aguiar (XX). Recuperou o topónimo, indicando o arruamento entre o solar da Bajoca e a Rua da Misericórdia, atravessando
o Largo Guilherme Gomes Fernandes (XX).
ELIAS DE AGUIAR (XX) – Entre o solar da Bajoca e o Largo do
Ribeirinho (XIX), Rua dos Penedos (XVI), na parte Sul.
S. BENTO (XVII) – Rua Joaquim Maria de Melo (XX), Rua do Lugo (XVII)
na parte Sul, Rua Direita (XVI), Rua da Cruz (XVI).
RIBEIRINHO (XIX) – Largo da Feira dos Porcos (XX), Cidral (XVII).
JOAQUIM MARIA DE MELO (XX) – Rua do Cidral (XVII), vem do
Largo da Bajoca (XVII) entestar com a
Rua de S. Bento.
LIDADOR (XX) – Rua de S.Roque (XVII), na parte Norte, Rua Nova (XVI).
FRAGA (XVI) - Rua de empedrado por onde subiam cargas pesadas que vinham da Ribeira (XVI).
ALFÂNDEGA (XVI) – Rua do Cais (XVIII).
LAVANDEIRAS (XVII - Rua onde se lavavam e assentavam as sardinhas.
PRAZERES (XVI) – Ia de S. Bento dar à Calçada de Santo António da Barroquinha (XVII) e ao Beco dos Prazeres (XVII), onde desembocava na Rua do Socorro.
CUNHA REIS (XX) – Largo do Carmo (XVIII), na parte Sul, sobe até ao Largo do Laranjal (XIX).
SOCORRO (XVII) – Rua da
Torre (XVI).
S.TIAGO (XVI) – Calçada que dava para a velha ermida de S. Tiago que seria destruída no século XX.
REPÚBLICA (XX) – Praça Hintze Ribeiro (XX), Campo da Feira
(XIX), Terreiro (XVIII), Largo do Submosteiro (XVIII).
FIGUEIREDO FARIA (XX) – Entestando com a Rua Bernardino
Machado (XX) que seguia para as Pedreiras, era, na parte do Poente, a Rua das Azenhas (XVII), que vinha à Rua do Submosteiro (XVI), e dava com a Rua dos
Pelames (XVI), onde se curtiam couros.
NUN’ÁLVARES PEREIRA (XX) – Rasgada pelas vielas da cerca que contornava o Mosteiro de Santa Clara,
pela banda do Nascente.
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Fontes de consulta:
ARQUIVO DE S. FRANCISCO DE VILA DO CONDE – Livros para se cobrarem os annaes (...).
1732.
ARQUIVO MUNICIPAL DE VILA DO CONDE – Livro de lançamento da Décima. 1643.
CORTESÃO, Armando ( Direc. de ) – Portugaliae Monumenta Cartographica. Lisboa: IN-CM, 1987.
FREITAS, Eugénio A. Cunha
et al – Estudo da Toponímia da
Zona Histórica de Vila do Conde, 1981.
Inédito.
MARÇAL, Horácio – Toponímia
Antiga e Moderna de Vila do Conde. “Renovação”, 9 de Março de 1979.
POLÓNIA, Amélia – A
Expansão Ultramarina numa perspectiva local. O porto de Vila do Conde no século XVI. Lisboa: IN-CM,
2007.
PEREIRA, João Maria dos Reis – Antigos valores urbanísticos de Vila do Conde. “Vila do Conde”,
1964.
REIS, João dos – Curiosidades
da antiga Vila (...). “Douro Litoral”, Porto, 1950.
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